Sois?
Tenho irmãos que por sinais me reconhecem,
Faço sinais que dizem quem realmente sou,
Dou toques quando necessário,
Comunico que venho de longe de uma casa de João,
A amizade, a paz e a prosperidade é o que levo bagagem.
Ensinaram-me a cavar calabouços,
Para que em cima deles erguesse templos.
Nos meus trajes pretos despercebidos,
Acumulo a egrégora de onde passei,
trajes aparentenmente apagados para que nossos olhos brilhem mais.
Tenho paixões e vontades as quais tenho ir de encontro,
E com isso planto a alegria em meu coração.
Peço que a sabedoria sempre ilumine o meu trabalho,
Que eu tenha o vigor da força,
Para que a beleza que há em mim um dia se manifeste!
Luvas brancas para preservar a pureza de mãos lavadas,
Avental para mostrar que estou pronto para o trabalho,
Levo a divindade no coração,
Mantendo sempre o zelo aos bons costumes,
Pois em graus a idade do mestre terei que alcançar.
Se um dia o mundo me ferir pela falta de igualdade,
Mesmo que meu corpo esteja preso minha alma terá a liberdade,
Pois encontro fraternidade nos meus irmãos,
Pela minha nacionalidade brasileira,
Dedico muito amor a minha pátria.
Minha palavra é sagrada e percorre longas distâncias,
Partiu do oriente para que um dia encontrasse o ocidente.
Sei que quando cumprir sua missão, ela retornará.
E ao retornar terá que ser conferida.
Para sabermos que ela se mantém justa e perfeita.
E ao fecharmos o livro que seguimos como lei,
Aclamamos o supremo arquiteto que tudo criou.
Pela infinita beleza da onipresença divina,
Iremos para alto guiados pela força onipotente,
Para que enfim a sabedoria resplandeça em nossos atos.
Sigo prometendo dizer somente o necessário,
Para que meus caminhos sejam iluminados,
E fazendo tudo dito acima,
Um dia então poderei dizer;
Sou um obreiro da arte real.
Allan Ribeiro Fraga