Sois?

Tenho irmãos que por sinais me reconhecem,

Faço sinais que dizem quem realmente sou,

Dou toques quando necessário,

Comunico que venho de longe de uma casa de João,

A amizade, a paz e a prosperidade é o que levo bagagem.

Ensinaram-me a cavar calabouços,

Para que em cima deles erguesse templos.

Nos meus trajes pretos despercebidos,

Acumulo a egrégora de onde passei,

trajes aparentenmente apagados para que nossos olhos brilhem mais.

Tenho paixões e vontades as quais tenho ir de encontro,

E com isso planto a alegria em meu coração.

Peço que a sabedoria sempre ilumine o meu trabalho,

Que eu tenha o vigor da força,

Para que a beleza que há em mim um dia se manifeste!

Luvas brancas para preservar a pureza de mãos lavadas,

Avental para mostrar que estou pronto para o trabalho,

Levo a divindade no coração,

Mantendo sempre o zelo aos bons costumes,

Pois em graus a idade do mestre terei que alcançar.

Se um dia o mundo me ferir pela falta de igualdade,

Mesmo que meu corpo esteja preso minha alma terá a liberdade,

Pois encontro fraternidade nos meus irmãos,

Pela minha nacionalidade brasileira,

Dedico muito amor a minha pátria.

Minha palavra é sagrada e percorre longas distâncias,

Partiu do oriente para que um dia encontrasse o ocidente.

Sei que quando cumprir sua missão, ela retornará.

E ao retornar terá que ser conferida.

Para sabermos que ela se mantém justa e perfeita.

E ao fecharmos o livro que seguimos como lei,

Aclamamos o supremo arquiteto que tudo criou.

Pela infinita beleza da onipresença divina,

Iremos para alto guiados pela força onipotente,

Para que enfim a sabedoria resplandeça em nossos atos.

Sigo prometendo dizer somente o necessário,

Para que meus caminhos sejam iluminados,

E fazendo tudo dito acima,

Um dia então poderei dizer;

Sou um obreiro da arte real.

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 17/05/2012
Reeditado em 20/09/2012
Código do texto: T3672614
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