Granito
Tu vens da pedra,
Da capa mais dura do granito.
Rasgando o rosto suave da ira,
Ensinando-me a expressão da face dor.
Meu rosto, desde então,
Volta-se imóvel as faces do oriente.
Move-se move-se
E hoje dorme sossegado.
Tu vens do fogo.
Como se queimar o vivo não fosse suficiente,
Precisando matar qualquer forma de som.
Da tua fala ao meu ouvido;
Da tua pele por baixo;
Da tua mão cedendo a claridade,
Ao movimento intenso da manhã.
Traz-me, pedra, as manhãs de amanhã,
E tudo o mais de volta.