Crisálida
Retiro os anéis dos dedos
dobro os lençóis e o tempo
solto os cabelos e os medos
apago a luz e a memória
e me esqueço do lado de fora
pálida, cálida, crisálida...
o corpo a me descobrir
cubro de vento e de frio
e enquanto os gerânios crescem
durmo por horas a fio...