Dias
Há dias em que o avesso
Não precisa de adereços
Para camuflar
Há dias tão fadigados pelo cotidiano
Que a palavra não causa dano
Nem se que o falar
Há dias vívidos do inverso
Sem rima, sem verso
Sufocados no ar
Há dias de tamanha revolta
Que bater a porta
De nada vai adiantar
Há dias, em que a carta de euforia
Não te remete à alegria
Porque é preciso ficar
Há dias tão frios
Que qualquer lugar é tão vazio
Como se fosse hibernar
...
E em meio a tanto e tanto, pude apreciar as lindas vozes da poesia em estrondosos sons de Tânia Menezes:
há dias tão divinos
quando se ouve a alegria de sinos
de amor a bimbalhar
há dias tão cálidos de mar
dias de sua poesia apreciar