Dias

Há dias em que o avesso

Não precisa de adereços

Para camuflar

Há dias tão fadigados pelo cotidiano

Que a palavra não causa dano

Nem se que o falar

Há dias vívidos do inverso

Sem rima, sem verso

Sufocados no ar

Há dias de tamanha revolta

Que bater a porta

De nada vai adiantar

Há dias, em que a carta de euforia

Não te remete à alegria

Porque é preciso ficar

Há dias tão frios

Que qualquer lugar é tão vazio

Como se fosse hibernar

...

E em meio a tanto e tanto, pude apreciar as lindas vozes da poesia em estrondosos sons de Tânia Menezes:

há dias tão divinos

quando se ouve a alegria de sinos

de amor a bimbalhar

há dias tão cálidos de mar

dias de sua poesia apreciar

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 11/05/2012
Reeditado em 05/06/2012
Código do texto: T3661685
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