UMA VIDA DE SILÊNCIO

Bem se poderia antever o acontecido,

não fosse o dia nublado,

e o estivesse sol a pino,

um lindo dia seria.

O alferes deu-se por vencido

e cativo de amor por donzela

desde imberbe tez e igual

infantil idade, nada se lhe dizia

E as estrelas seus pensamentos vagava

Um mínimo de sonhos toda noite sonhava

e já ao dia seguinte que o sol alumiava,

não esquecia aquela que

das madeixas douradas e pele qual leite,

rebuliciava seus instintos ainda adormecidos

E cresceu sem ter nos braços a donzela amada

e já quando a idade pesa e os ombos curvam,

deitou-se sobre o leito vazio,

e a sua volta vozes lamentavam a partida inesperada.