INERME E LOUCA!
Meu coração hibernou,
meu corpo se resignou,
tudo no meu ser estagnou...
Só e oca,
inerme e louca,
deixo de ser eu!
Sou ave que não voa,
sou pássaro que não canta,
sou música que não soa...
Nada que vejo me encanta!
Ficaram os sonhos sonhados
os muitos por sonhar...
E ainda os outros, os desdenhados!
Desejos por desenhar,
ternura e beijos por trocar,
o que não posso, ou não quero tocar...
Vulcão adormecido.
Amor entumecido.
Já acredito que sou eu!...