Poema-Prozac ou Força
Chega de palavras frágeis
elas me incomodam
viva a palavra-força
com todas as suas redundâncias e
irredutibilidades
certezas e veemências
dedos em riste, pontapés e irresponsabilidades
transbordamentos de palavras, virilidades
fora de lugar.
Viva a força, palavra-viva
e toda a sua carga de sentido
um transplante de certeza para
a minha moribunda angústia.
Viva, enfim, o poema-forte
e toda a sua ilusão paliativa
que traz consigo tal como
um poema-prozac: parede utópica
para aqueles que sorriem, precipício
para os que pensam.