O TREM

Sou o mar que encandeia

em noite de lua cheia,

feito sangue que estanca

quando entope uma veia.

Qual lágrima que cai

quando a alegria definha,

sou o riso que esvai

feito um galo na rinha.

feito chuva esperando

mais de uma andorinha,

sou a noiva na igreja

quando o noivo não vem.

sou só uma criança

a pular de alegria,

ao ouvir ainda longe

o apito do trem.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 02/04/2012
Código do texto: T3590642
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