O ECO

Da fonte tão pura, já sinto saudade,

das cruas entranhas, das nuas verdades,

das minhas mentiras, com calma e ternura,

corroendo a insônia da tua beldade.

Se já não me escondo adentrando teu ser,

é que um insano desejo às vezes sem cura,

invade o meu ego, então não me nego,

no desassossego me entrego à loucura.

Tão despudorado vago feito cego,

trago o sentimento, de um gole só,

sentindo ternura em um simples afago.

Na doce aventura, eis que me embriago,

gritando teu nome, muitas vezes grito,

mas só ouço o eco, vindo do infinito.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 30/03/2012
Código do texto: T3584612
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