há um silencio
desafiando a tarde
o passado envelhecido
surge na estrela primeira
desse outono lactante
desse verso insano

há um sino ao longe
onde o passado está
há o mundo em mutação
pessoas em combustão
luas empoçadas
nas beiras das calçadas

há um universo em cada mão
mulheres , homens, (flores não )
não se corrompem
nem no ato do caixão,
há um reino encantado
em cada( não)

há promessas desenfreadas
nos corações tolos
e narrações de emoções mortas,
há um embalo ao ninar o sonho
balança alma a esperança sêca
há uma rima na cabeça

há tantos pormenores perdidos
entre o passado e o (ido)
entre o presente (esquecido)
há muitos parênteses na distancia
nos instantes (latejantes)
do girar a maçaneta

há um silencio
desafiando a tarde
e o vento , o vento arremessa,
sobre as palmeiras (o sol arde)
enquanto os ônibus passam
carros buzinam
a vida atravessa....
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 22/03/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3568433
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