Pássaro.
Sinto-me o pássaro que alcança vôos,
lançando nuvens pelas revoadas,
revigorando asas num céu aberto,
entre descobertas que cobrem sonhos do teu voar.
Faze-me a própria encenação de minhas loucuras,
espantando todas as doídas amarguras,
e dorme meu sono ao encontro de tantas crenças,
entre espaços a esvoaçar lembranças no que guardo de ti.
Estarei onde surge o azul no céu que se liberta...
Aqui, onde a espera serão flocos
de aspergidas plumas que o sobrevoar da alma recolher puder.
Aqui, onde brisas a ressurgirem, lancem respostas
na cor da estrela que me fizer pássaro do teu pousar...