Mordaça ignorante
Taparam-me os olhos e a boca
Ataram-me as mãos, me tiveram como louca
Destilaram a minha inocência
Eu, implorei por clemência.
E na insanidade absurda
Não via e nem ouvia, estava cega e surda
Com sonhos massacrados
Não pensava, não comia. Ideais frustrados
E se não bastasse a dor
Ainda restava-me a solidão
E se me sobrasse força
Me amarravam, deixando-me às moscas
Um revolucionário, louco
Solitário, um pouco.
Sedento por conhecimento
Dilaceram-lhe a expressão do pensamento.