e quando esse aperto
no peito
já não suporta
ficar trancado
a poesia sai em detalhe
vai sublinhando
a carencia forte
dimensionada
na raiz da reflexão..
somos expoentes
ao pé desse mar fragilizado
por periodos de palavras
jamais ditas
não há rigor entre nossos passos
na areia ficam nossas imposições
esparramadas ao som das ondas
das algas
das conchas chamuscadas
nas tribunas dessas nuvens
dançarinas
nesse céu ruborizado
e.. absorção plena
da esperança
não descansa,
circula sobre meus ombros..
sou passageira dessa tarde
nessa claridade verspertina
na arquitetura de Deus...
..o horizonte grita,
diante da tela de meus olhos
nascente de sentimentos
transbordantes
na emoção da poesia das cores
o aperto do peito
amansa... libera um respirar profundo,
sigo... atraves do conhecido
desconhecido,
até alcançar as alças das atitudes
e embarcar nas linhas do apocalipse
para o gênesis,
dessa tarde fim
dessa tarde em mim
desse céu que queima
nada é menos ou mais,
é sómente
um algarismo
equilibrista
na ponta do vazio cheio,
aos pés desse mar de algas
ao som dessas ondas inesgotaveis...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 15/03/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3556082
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