SOB SALTOS...

Quantos saltos...

São tão altos e imponentes

Quantos saltos incongruentes!

Equilibrio insustentável

Salto fino, sobressalto.

Salto alto, tão hostil!

Salto baixo... é pueril?

Salto grosso é descompasso

Quantos saltos descalçados...

Então salto doutros saltos

Que desfilam lá no alto!

Me socorro pelos vãos

Dos assaltos em prontidão.

Tiro os saltos, pés no chão...

Eu só calço as minhas mãos,

Sem os saltos dos sapatos

Sigo num mundo descalço...

Subsisto sem meus calços,

Sobre este chão incauto!

Sem meus saltos?-só assaltos!

Num caminho de percalços.