FORTALEZAS

Fica um poema abstrato

inerte sobre a montanha,

de um coração ingrato

que feriu suas entranhas.

Pela comida na mesa,

alimentou a tristeza,

enquanto em terras estranhas,

construíam fortalezas.

O velho era um menino,

poeta, pai, calejado,

mas o garoto coitado,

só muito tarde entendeu,

que ficou velho e cansado,

e que isso na vida era nada,

se hoje o velho procura

o moleque pela estrada,

eis que só encontra a lembrança,

e uma esperança descrente,

bailando feito pingente

em uma foto pendurada.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 29/02/2012
Código do texto: T3526345
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