FASCÍNIO
O olhar percorre todas as esquinas.
Anseio correndo solto
Nas casas, esconde-se em cada vão
A emoção diz; Sonha, não ouve a razão.
Ele me diz mais,
Nunca desista desse amor.
Eu me calo, quero esse gosto pela vida.
À beira da esperança
de entrar em teu coração sem queixas,
tranquilo sem maldades.
Quero sentir a brisa que vem
desse teu mundo que me deixa
encantada... Amo-te sem vaidade.
Seguirei varando madrugadas.
Colhendo o orvalho
da tua alma virgem
que aos poucos reanima a minha já cansada.
Ainda não te amei tudo, não te escrevi tudo.
Não.
Ainda não falei tudo,
não pedi pelo menos um pouco só de você.
Um pouco dessa paz
do teu silêncio que me fascina
Dá-me um pouco do paraíso, teu ser.
(Liduina do Nascimento)