CORTINAS DE ILUSÃO
Cada vida é um show,
Uma arte à parte,
O que vai, o que vem,
Um apanha outro bate,
Assim passa o tempo,
E na nossa memória,
Só fica a história,
Que não vale o quilate,
Dessa coisa inglória,
Insana, insolente,
Desse infindo embate,
Que mexe com a gente,
Que dança, e reluta,
E no fim da labuta,
Somos só prostitutas,
De um sistema falido,
Com portas de grades,
E telhados de vidro,
Na angústia tardia
Pelo pão consumido,
Caminhando sem tempo,
Nem aonde chegar,
Mas a morte espera,
De mãos estendidas,
Pelo resto das vidas
Que temos para dar.
E no fim da labuta,
Somos só prostitutas,
De um sistema falido,
Com portas de grades,
E telhados de vidro.
Saulom Campos - Itabira MG