LABAREDAS EM CÁLICE DE GELO
Labaredas em cálice de gelo,
gota de orvalho em ramo de alecrim.
No meu peito o patético apelo.
Licor de amora na dose de gim.
Seco. Áspero, dando cor
à dor. E à partida.
A vida suspensa em retalhos.
O fim de tarde pode ser
o por-do-sol na lente do fotógrafo,
ou mais um suicídio.
Preciso ter certeza
que estou vivo.
Exame físico: coração batendo.
Quem me passará o atestado de vida
se não encontrar a alma desenganada?
Quando me procurares, amor,
passa antes no purgatório,
único lugar onde se pode gelar
uma champanhe para o brinde final.
Labaredas em cálice de gelo,
gota de orvalho em ramo de alecrim.
No meu peito o patético apelo.
Licor de amora na dose de gim.
Seco. Áspero, dando cor
à dor. E à partida.
A vida suspensa em retalhos.
O fim de tarde pode ser
o por-do-sol na lente do fotógrafo,
ou mais um suicídio.
Preciso ter certeza
que estou vivo.
Exame físico: coração batendo.
Quem me passará o atestado de vida
se não encontrar a alma desenganada?
Quando me procurares, amor,
passa antes no purgatório,
único lugar onde se pode gelar
uma champanhe para o brinde final.