Crias...
é do vazio
o meu abraço, esse
adejar entre o piso
e meu cansaço
o que meus olhos
rasgam, já não
mais me escapam
são na pele, dardos
com a dor
que minhas mãos
brincam, bebo
do vinho, a tinta
o resto
são réstias, medos
que um dia saíram
do espelho
da ironia
dos dias, debocho
eu, dos meus ais,
sangro, minhas crias...
Obrigada pela maravilhosa interação,
menino Poeta, Chagas Neto.
é do vazio, murmura o vento
o sentimento, o olhar frio...
parece que o tempo, apagou-se
de repente, no instante que viu...
o rosto pintado, o corpo cansado
o certo existiu, quero seguir
os passos, mas a poeira da vida
os rastros cobriu...