NUM PULO DE GATO
De origem profana
Uma sina bichana!
Buscava o seu mundo
Num bote certeiro
De gen traiçoeiro.
Bolinava no escuro
(era do seu submundo!)
Das estradas alheias.
Espreitava as esquinas
Montava as colinas
Para a visão malfadada...
Saltava entre os muros
Dos destinos obscuros
Das encruzilhadas.
Sete vidas teria
Para tecer com magia
Sua doçura em teia...
No seu olho de gato
(Num bote descuidado!)
Refletiu seu retrato:
Uma estrada de areia.
Da origem bichana,
Para uma sina mundana.