Alter Ego
Meu corpo esta confuso, não posso controlá-lo
Não sabe pra onde ir, pra que lado olhar
O anjo e o demônio vivem dentro de mim
No entanto, não há espaço para os dois, o que me mata lentamente.
Espancando-me ao peito, alucinando-me os músculos
Matando todo meu eu.
Nesse mundo injusto, procuro acalmar-me diante do caos
Tento anular meu outro eu, um alter ego maldito, maligno e malvado.
Estou diante da balança entre o bem e o mal
Agarro-me ao ultimo sopro de vida, diante da balburdia extrema
a minh’alma sangra em um grito mudo que fere e corrói
Me derramando ondas de dores e desesperos
Ela vaga em dois mundos
A minha pele seca e se marca, minha voz se cala
Meu corpo é a arena dessa guerra, é o campo de batalha
Com os olhos fincados no nada, ele tenta resistir
Eu procuro uma cratera funda para me esconder
Mas eu tenho o coração marcado e o corpo maculado
E a alma corrompida
É essa dor que me enclausura, que me faz gemer em frente ao sofrimento
À desgraça estou condenado
Pois da guerra só sobraram os cacos e não valeu de nada
Não houve vencedores, somente perdedores
E o mais atingido pelas desavenças do bem e do mal,
foi o campo,
o corpo que agoniza nas contrações de desespero,
nas contrações da morte.
É terrível sentir duas coisas, dois males dentro de si
Que deus me leve e acabe com meu sofrimento
Ou então o demônio que seja
O importante é me livrar desse tormento
Que sufoca, asfixia e mata
A morte é a minha salvação.
A morte foi e sempre será a única salvação.