No fim sempre estamos sozinhos

Lixo, imundo, sujo,

Repelindo tudo e todos

Não sei se fico, se fujo

Somente sei que tenho medos

Medos que me puxam pra escuridão

Pro canto solitário, frio

Não parece haver salvação

Então de súbito rio

Enquanto sou rodeado pelo vento

Levando consigo tudo de bom que um dia houve

Deixando apenas um rastro do que antes foi um homem

Sou apenas uma criança que não mais sonha

Que não mais quer acordar

Que não mais quer respirar