...E O POETA SE FOI
...E O POETA SE FOI
LÁ VAI O POETA
NA SUA VIDA ERRANTE
SUA ALMA INQUIETA
VIVE UMA BUSCA INCESSANTE.
...O POETA BUSCOU
E DE TANTO BUSCAR
ENCONTROU
DESCOBRIU QUE SABIA PENSAR
LOGO, EXISTIA
SEU JEITO DE EXISTIR
ERA ESCREVER POESIA.
NA LUCIDEZ DA DESCOBERTA
ENLOUQUECEU
PRA NÃO ALIENAR-SE AO SISTEMA
COMO TODO O POETA
NA SUA REVOLTA
ESCREVIA POEMAS.
ESCREVER VERSOS ERA O QUE ELE SABIA
VERSOS SEM NEXO
NO VERSO DE SEUS LIVROS DE FILOSOFIA.
LÁ VAI O POETA
DE ALMA VAZIA
NA SUA JORNADA DESERTA
SEM SONHO, SEM ALEGRIA.
...E O POETA SE FOI
E COM ELE TAMBÉM A POESIA
NUM MUNDO ONDE NÃO É PERMITIDO SONHAR
QUEM NASCE POETA, MORRE SÓ.
SUA POESIA NO TEMPO SE PERDEU
SÓ O VENTO A LEU
E ESPALHOU SEUS VERSOS AO PÓ.
(dedicado a Adelício Dalpiaz
escrito em outubro de 2011).