...E O POETA SE FOI

...E O POETA SE FOI

LÁ VAI O POETA

NA SUA VIDA ERRANTE

SUA ALMA INQUIETA

VIVE UMA BUSCA INCESSANTE.

...O POETA BUSCOU

E DE TANTO BUSCAR

ENCONTROU

DESCOBRIU QUE SABIA PENSAR

LOGO, EXISTIA

SEU JEITO DE EXISTIR

ERA ESCREVER POESIA.

NA LUCIDEZ DA DESCOBERTA

ENLOUQUECEU

PRA NÃO ALIENAR-SE AO SISTEMA

COMO TODO O POETA

NA SUA REVOLTA

ESCREVIA POEMAS.

ESCREVER VERSOS ERA O QUE ELE SABIA

VERSOS SEM NEXO

NO VERSO DE SEUS LIVROS DE FILOSOFIA.

LÁ VAI O POETA

DE ALMA VAZIA

NA SUA JORNADA DESERTA

SEM SONHO, SEM ALEGRIA.

...E O POETA SE FOI

E COM ELE TAMBÉM A POESIA

NUM MUNDO ONDE NÃO É PERMITIDO SONHAR

QUEM NASCE POETA, MORRE SÓ.

SUA POESIA NO TEMPO SE PERDEU

SÓ O VENTO A LEU

E ESPALHOU SEUS VERSOS AO PÓ.

(dedicado a Adelício Dalpiaz

escrito em outubro de 2011).

CLAUDIA DALPIAZ
Enviado por CLAUDIA DALPIAZ em 29/01/2012
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T3468131
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