pareçe que as ruas
estao caladas,
rabiscos livres
siderais
nas folhas do caderno de
( arame)
como falávamos antigamente...
a vida acorda , pra mais um quinhão
de aventuras,
feito besouro de praia
que persegue os cheiros dos corpos
(oleos , fragrancias intensas),
nuvens atemporais deitam-se
no lençol azul do céu eterno,
interno sentimento guardião
de caminhos inteiros
nunca idos,
o papel pardo guardado
na contradição da ausencia,
das cachoeiras semi inteiras
das contelações apagadas
renascendo ao universo inteiro...
palmeiras são descabeladas
coqueiros virgens,
a vida ensaboada
perfuma as aguas vivas,
no cheiro da marisia
nas ondas infantis das águas
no transparente sorriso das garças
gaivotas mundo,
barcos insanos no fundo,
das dedicações....
areias coloridas das vielas
feitas por correntezas
dessa praia carnavalesca,
dobram-se ao som do cantar da natureza...
a vida é reverente aos dispostos
em segui-la,
grilos bailam, chuvas brilham
nas siderais recordações
adormecidas,
sonhando que estão vivas
sonhando que nunca foram
sonhando que são sonhos ainda,
e gavetas são apenas o
(quarto)
onde dorme esse tesouro ...
É..
parece que as ruas
estão caladas,
rabiscos libertados nascem
no sideral asfalto...