...

das nossas conversas
me lembro pouico
parecia mesmo
(último verão)
por todas aquelas manhãs
naqueles pátios amplos
repousávamos nossas curiosidades
no mundo da lua...
ainda que a fome apertasse
e eu não tivesse onde ir
meu corpo cansado
marcado da guerra
pulava acreditando em eternidade,
agredido, ternamente entristecido,
não era sómente eu..
éramos dois ocupantes
de um mesmo espaço..
ah,
quantos morrem assim
ainda (VIVOS),
a terra tem muitos lados
para sustentar-se,
quem convida os pobres para banquetes ?
assim, cada amanhecer ia se distanciando,
nós ali, parados ao vento, calados,
não ousávamos perguntar nada,
apenas sabíamos que era o fim ...
as pessoas morrem , se perdem,
quem é o sábio que ensina a mágica
da esperança acesa ?
em meu peito tudo foi sumindo,
a vida caminha na mesma estrada que eu,
mesmo assim fiquei sem respostas...
o passado já não tão presente,
o futuro segue
e nos meus olhos,
nos meus olhos
não sei o que está acontecendo...
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 25/01/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3460473
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