Visões...


Se me interpelares, te direi sem enfeites,
Quaisquer penduricalhos,
Sem ao menos defender-me.

Pois que minha face
Não é plástica
É sangue, carne, é vida,
clara.

E ainda que me escape ouro
Por entre os dedos,
não me desfaço desta limpidez...

Não me julgues se ainda
não me olhas diretamente
E apenas me vês sob essa fraca luz
Tremulante, bruxuleante.
Não sou eu esse espectro
Que miras...




 
Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 22/01/2012
Reeditado em 09/08/2014
Código do texto: T3454614
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