Dentro de mim
A minha necessidade seria de esmiuçar
De entender e controlar meus instintos,
Meu próprio coração
Houve um tempo que engolia besteiras,
Não respondia como deveriam os outros,
Não tinha me visto como era de verdade,
Escondia-me em um mundo de vidro,
Como se fosse uma caixa de segredos,
De onde somente eu sabia a chave certa,
Os movimentos mais oportunos,
Como deveria e poderia sair de lá
Precisava me ver de fora da embalagem,
Guiar-me pelos meus olhos,
Por quem deveria ser de verdade,
Não sendo só um fantoche de mim,
Aprendendo a ganhar e a perder,
A sentir e a admirar, a falar e a ouvir
Sendo por mim, só a mim,
Meu papel e minha caneta.