verão...
chuvas inglórias,
precisamos por chapéu,
e saber que os dias comprovam
nossa existencia...
crer no mundo,olhos que buscam segurança,
gente morrendo afogada em ruas,
quem pode mudar os dias ?
o (tempo) embarga sonhos
quem anda correndo com (alma) emprestada ?
quem está subindo a escada de pedras
enquanto a terra em gritos, (faz silencio )...?
impiedosos dias se fazem
sem solda, mundos se partem
peixes dormem ,pássaros morrem,
o amor desgovernado incendeia e despedaça,
tantas armadilhas sem música , correntes de elos tetânicos
(lonas furadas), talvez um último verão aconteça,
camaleões pelas avenidas,ventres cheios, águas sujas
quem morrerá afogado na cama ?
chuvas de dores, verão falso...?
cada dia, custa a eternidade, mortes tantas,
ainda há palmeiras e um céu azul ?
palavras quebradas arrastam-se pelos ralos
corações partidos, números de telefones apagados
o tempo passa , e pronto ...
talvez seja preciso fazer um pássaro de ferro
uma estrada vermelha,
cavalos sem patas,emoçoes de borracha,
flores de Couro, lágrimas sólidas,
para evitar o cárcere das enchentes , das catástrofes, das bombas , da zanga da natureza....
quem sabe, bater tambor , chamar os indios , para fazer a dança
de estancar as águas ? crianças atiradas em lixeira pelas mães,
hummm .. !! que haverá de novo para realçar a poesia ?
é melhor dormir com najas,
as asas da eternidade estão fechadas,
a vida embriagada de tanta loucura perdeu o rumo,
parece que o mundo está muito distante,
e aqui é somente espaço...
ou sómente um abismo nascendo,
onde está o banco da praça,
afinal,
onde está a praça ?
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 15/01/2012
Reeditado em 07/09/2012
Código do texto: T3442885
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