Velhas mãos
Mãos... Sempre escreveram tantas coisas
Que, muitas vezes, não serviam para nada!
Como agora...
Que versos são estes?
Recordações de uma vida
O quê querem?
Somente, reviver
Mas palavras não sentem!
Só escutam; só escrevem...
Mãos... Sempre tocaram em tantas coisas
Que, muitas vezes, não valiam nada!
Como agora...
Tremulamente, esta mão desliza sob o papel
E um turbilhão de versos ecoam pelas paredes
Sem sentido; sem ternura...
Durante todos esses anos,
Tal mão escreveu, buscando apenas, uma palavra
Que sempre foi dita em todos os silêncios
Que sempre escondi em todas as coisas
Porém, depois de tanto tempo, se tornou indiferente...
Mãos... Agora, estão cansadas e velhas
Mas todas as mãos vivem para isso: envelhecer...
E ainda tenho o infinito para escrever