LIBERDADE

Palavras escritas no vento,

versos esvoaçantes,

sem rimas, dissonantes.

Não sabem sequer do devir,

não sabem sequer do sentir.

De nascer ao sabor do vento,

seguem a vida sem direção...

Palavras para sempre ausentes

de estruturas gramaticais,

assaltadas na semântica,

redundâncias não afligem mais.

Volitam soltas, sem destino:

Sem sequer saber da razão,

sem sequer saber do por quê...

Nasceram livres, sem amarras,

assim, inscritas no vento,

para nunca mais morrer.

Fabiana Gusmão
Enviado por Fabiana Gusmão em 31/12/2011
Código do texto: T3415619