LIBERDADE
Palavras escritas no vento,
versos esvoaçantes,
sem rimas, dissonantes.
Não sabem sequer do devir,
não sabem sequer do sentir.
De nascer ao sabor do vento,
seguem a vida sem direção...
Palavras para sempre ausentes
de estruturas gramaticais,
assaltadas na semântica,
redundâncias não afligem mais.
Volitam soltas, sem destino:
Sem sequer saber da razão,
sem sequer saber do por quê...
Nasceram livres, sem amarras,
assim, inscritas no vento,
para nunca mais morrer.