CELESTINO

Agosto calou no Normandie

uma canção de Santa Teresa.

A voz calabresa de tenor,

ator, intérprete, compositor ;

que com Tosca

fez das vaias cafajestes

explosão de aplausos

na romanza "E lucevan le stelle " ;

silenciou

vencida pelo coração.

Imortalizou Cândido das Neves,

o Índio, em vinis da Odeon.

"Flor do mal ", "Patativa", "Matei "

no som de inflexão operística.

"Ouvindo-te", "O ébrio ", "Coração materno ",

o eterno cantado em "Porta aberta ".

Voando e pousando nos palcos do Recreio

como o pombo

de "Casa Branca da Serra "

A Voz encantou sua terra.

Ao lado de Gilda de Abreu

fez-se quase divino

e em gôndola veneziana,

bandolim e melodia dolente,

navegou para o Cósmico

para fazer eterna "Serenata"

Vicente , o nosso Celestino .

Tórtoro
Enviado por Tórtoro em 13/07/2005
Código do texto: T33791