O LENÇO
Quem quiser fazer por mim
não espere a minha ida,
só aceito homenagens
enquanto estiver com vida.
Não me ergam monumentos
depois que eu for pro além,
porque morto, meu amor,
só precisa de Deus, de mais ninguém.
Homenagens póstumas eu dispenso,
digo pra essa gente fingida,
quem quiser chorar empresto um lenço,
mas homenagens só aceito em vida.
Saulo Campos - Itabira MG