POESIA MORTA


O útero do poeta oculta o poema...
Há quanto tempo o poema dorme?
Sangra o coração...
A alma se dilata...
A inspiração se esvai...
E o poema não sai!

Talvez seja uma gravidez literária
De alto risco.
Ou, quem sabe, o poema se encontra
Mal-formado no ventre do poeta?
O poema precisa nascer...
O poeta não pode morrer...

Então, a vida rasga a alma do poeta
E extrai - à força!- a sua essência...
E o poeta expele uma página em branco,
Sem letras, sem versos, sem rima...
Sem vida, enfim!


Alexandre Brito - 05/12/2011
(*) Imagem: Google
Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 05/12/2011
Código do texto: T3372970
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