FUNÉREA REALIDADE
FUNÉREA REALIDADE
A atra luz dos cegos em assomos de despudor
Orquestra célere a degradação da moral.
Opala policromando a corrupção de uma capital
Cicutas na taça dos que querem nos decompor!
Altanados parlamentares fremem seus quebrantos
Diante das avarezas de suas prioridades sinistras
Evocam deuses, evolam orações aos santos,...
Para obterem a verba da constituição que nos administras.
Dimana das populações adormidas de educação
Esse candor velado de prevaricação.
A senda desse nosso calvário
É pago pela gorjeta de um gordo salário...
Cada qual quer sua satisfação pessoal!
Esquecendo-se que comerá na mão do coveiro
Àquele que se roga o formidável Brasileiro
Mas que no testa de ferro jogará a cal, desleal.
Somos virgens,... De bons costumes
E diluído os nossos sentimentos finados
Tornamo-nos estrumes.
As litanias da propaganda eleitoral gratuita
É-nos por demais desmoralizantes
Berço de promessas de grilos falantes.
Oscar jamais intuiu
Que, o que construiu,...
Tornar-se-ia um horto.
Agoniza as minhas esperanças de um futuro fausto
Os nossos constituintes são vermes isentos de probidade
Até quando vamos suportar essa funérea realidade?
CHICO DE ARRUDA.