FUNÉREA REALIDADE

FUNÉREA REALIDADE

A atra luz dos cegos em assomos de despudor

Orquestra célere a degradação da moral.

Opala policromando a corrupção de uma capital

Cicutas na taça dos que querem nos decompor!

Altanados parlamentares fremem seus quebrantos

Diante das avarezas de suas prioridades sinistras

Evocam deuses, evolam orações aos santos,...

Para obterem a verba da constituição que nos administras.

Dimana das populações adormidas de educação

Esse candor velado de prevaricação.

A senda desse nosso calvário

É pago pela gorjeta de um gordo salário...

Cada qual quer sua satisfação pessoal!

Esquecendo-se que comerá na mão do coveiro

Àquele que se roga o formidável Brasileiro

Mas que no testa de ferro jogará a cal, desleal.

Somos virgens,... De bons costumes

E diluído os nossos sentimentos finados

Tornamo-nos estrumes.

As litanias da propaganda eleitoral gratuita

É-nos por demais desmoralizantes

Berço de promessas de grilos falantes.

Oscar jamais intuiu

Que, o que construiu,...

Tornar-se-ia um horto.

Agoniza as minhas esperanças de um futuro fausto

Os nossos constituintes são vermes isentos de probidade

Até quando vamos suportar essa funérea realidade?

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 01/12/2011
Código do texto: T3365881
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