Ainda estou vivo
Cotovelos acomodados na mesa
Lágrima acomodada na tristeza
Riso molhado de chuva granizo
O sino anunciando um batismo
Namorado beijando, regozijo
Com Sonho de Valsa o lirismo
Circo anunciando um trapézio
Um globo da vida, sem tédio
Bailarina tirada da caixa de jóia
Riso, como presente de Tróia
Chamarizes, chamando a viver
Revivido, não quis mais perder
Num estojo pôs a melancolia
Velha parceira, ele não trairia
Reclusa, como se em embolia
Recuperou todo seu aparato
Um novo homem agora de fato
Face à vida, perdeu o recato