DESMEDIDA

Às vezas me sinto como

um barco à vela, solto em alto mar...

Mas no mar há uma tormenta

e dentro do peito, coração não bate,

arrebenta, contorce em convulsão.

Tento , inutilmente, aplacar meu furor...

Impossível!

Por trás da calma aparente,

alguém sem medida...

Não meço o sentir,

não meço o falar,

não meço o agir,

não meço o amar...

E assim, natureza efervescente,

Kilauea, em erupção,

tenho que me conformar...

Sempre incompreendida,

nesse mundo solitário

onde os entes são tão... superficiais...

Fabiana Gusmão
Enviado por Fabiana Gusmão em 25/11/2011
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