AS FRIAS MADRUGADAS

Nas manhãs frias, resguardo-me,

de meus pensamentos mais

sombrios, e busco, pelo douto

amor, as manhãs, de meus dias.

Doura o sol, de azuis imensos;

florescem as flores, nos

jardins, bem cuidados; enquanto

meus olhos, se dão ao

horizonte, paralelo ao grande rio,

que eu vejo de minha

janela, aberta, para o fora. Luz o

astro rei, em todo seu fulgor;

fazendo, com que uma esperança,

tardia, venha para ficar,

no cume, das árvores frondosas,

no bico dos pássaros.

Em busca de uma realidade, que

me seja plausível, deixo o

meu desassossego, a um canto,

e pelo cansaço, me venço.

Então cravo meus braços com setas,

e lanço uma corda de

músculos, de encontro ao focinho

da palavra, libertando-a,

de lápis inquisidores, restringindo-a.

E assim nascem meus versos,

já mais conscientes de mim e do que

me rodeia, sem pedir favores.

E erguendo meu punho (alto o

pendão), chamo a mim,

a responsabilidade, de meu saber,

que nos outros ponho.

Jorge Humberto

24/11/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/11/2011
Código do texto: T3354372
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