CONTRADIÇÕES

À minha querida e esfuziante amiga, Neudinha.

O que direi das minhas contradições eternas...

Eu, a calma e a fúria,

a doçura e o fel,

a sensível, a dura...

Eu, intolerância e respeito,

a fragilidade titânica,

a insegurança e a firmeza...

Eu, calada e efusiva,

Solitária em multidões,

uma criança madura...

Eu, saudosa do que virá,

fascínio pelo que não vivi...

Eu que acordo e me deito,

Que acolho e rejeito,

Sou sol, sou luar!

Ora desbravo, ora me escondo,

Ora resguardo, ora comungo

Ora me alegro, ora entristeço.

Eu, eterna em minhas contradições...

Fabiana Gusmão
Enviado por Fabiana Gusmão em 19/11/2011
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