CONTRADIÇÕES
À minha querida e esfuziante amiga, Neudinha.
O que direi das minhas contradições eternas...
Eu, a calma e a fúria,
a doçura e o fel,
a sensível, a dura...
Eu, intolerância e respeito,
a fragilidade titânica,
a insegurança e a firmeza...
Eu, calada e efusiva,
Solitária em multidões,
uma criança madura...
Eu, saudosa do que virá,
fascínio pelo que não vivi...
Eu que acordo e me deito,
Que acolho e rejeito,
Sou sol, sou luar!
Ora desbravo, ora me escondo,
Ora resguardo, ora comungo
Ora me alegro, ora entristeço.
Eu, eterna em minhas contradições...