Coletivo
São 30 minutos do dia seguinte
Mas eu vivo este
Mais um passo
E o engasgo...
São anseios de um coração
Mas ele não vive aqui...
Mais um pulso
E a angústia...
Me contam historias velhas
Hoje fazem historias velhas
Historias já contadas
Historias entre egos e homens
Sentado, esperando a condução
E a vida passando por todos os lados
Escapando por entre os dedos
Queimando nos motores de carros
Nas elevações de vozes, de mãos, de sonhos
Nas incorrespondências
E nenhuma condição
Nada de coletivo
É nessas horas
que o passo, o pulso
O engasgo, a angustia
Se convertem, em um desses seres alados
Que me levam até onde meu coração esta...
Pra onde a vida vai ao fugir de meus dedos
E por lá permaneço, até a chegada da condução...
Um sinal... a inserção no coletivo
E o fôlego...
O olhar levanta, outro passo
o coração pulsa...
Parece uma dessas historias velhas, mas tudo bem...
Eu já acreditei em tantas coisas
Já acreditei até mesmo
em alma de poeta...