QUALQUER LUGAR

Nas origens inicia-se a vida

No cansaço esgota-se a mente

Do homem demente

Que chora contente

Vivendo somente

Com medo da gente

Nos escombros vive-se a vida

no espaço morre–se em vão

de cabeça vazia

bem perturbada

sem ser consultada

pra resolução .

Nos balcões, fala se da vida.

Nas seitas, cala-se por bem.

porque só quem tem

fica calada

esperando também.

Nas ruas mostra-se a vida

nos bares esconde-se a morte

dos poucos com sorte

que usam do corte

ficando marcado

no corpo parado.

Nas cabeças gira-se a vida

na garganta pára-se o grito

no sufoco morrendo

que busca correndo

os caminhos certos

pra poder chegar