Amor cubista
O Amor nao acaba,
Não diminui nem desaba:
Muda de cor,
Como diz Ana Carolina.
É moldado pela dor
Enfraquecido em seu olor
Cheira só naftalina.
Cristalina.
Gelatina e abacate amassado com Açúcar e limão
momentos que nao Voltam ao coração
Mas que podem ser refeitos
Revividos nao só na lembrança,
Mas de facto.
Rancoroso coração que nao se abre.
E detalhes de amor nao reparados
Criam entalhes de dor mal
Entalhados e abrem machucados nao
Sarados, mal conversados
E a ilha solitária cujo EU encerra
Encerra também
O medo do esporro, da apelação e
Da falta ocasional de carinho
E a falta de atenção que mata e
Resseca o coração
Coração esperançoso
Por chuva de atenção a quiça
Despertar rebentos verdes que há
Muito esperam para eclodir das raizes secas que moribundas
Ainda estão a existir...