Amor cubista

O Amor nao acaba,

Não diminui nem desaba:

Muda de cor,

Como diz Ana Carolina.

É moldado pela dor

Enfraquecido em seu olor

Cheira só naftalina.

Cristalina.

Gelatina e abacate amassado com Açúcar e limão

momentos que nao Voltam ao coração

Mas que podem ser refeitos

Revividos nao só na lembrança,

Mas de facto.

Rancoroso coração que nao se abre.

E detalhes de amor nao reparados

Criam entalhes de dor mal

Entalhados e abrem machucados nao

Sarados, mal conversados

E a ilha solitária cujo EU encerra

Encerra também

O medo do esporro, da apelação e

Da falta ocasional de carinho

E a falta de atenção que mata e

Resseca o coração

Coração esperançoso

Por chuva de atenção a quiça

Despertar rebentos verdes que há

Muito esperam para eclodir das raizes secas que moribundas

Ainda estão a existir...

Cadu Daris
Enviado por Cadu Daris em 02/11/2011
Reeditado em 10/11/2011
Código do texto: T3312494
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