BUFÃO

Não procure um padrão em seus atos.

Apenas sinta a impropriedade, o vexame,

A fina ironia dos espetáculos, perdidos

Em enxames loucos de vaidade.

Desista de enquadrá-lo em opiniões.

Rápidas e fáceis, acumulam-se aos borbotões,

Falhando indignamente em designá-lo,

Perdendo miseravelmente ao retratá-lo.

Observe o rosto louco:

Vago, indiferente, olhar oco.

Distante frio e absorto.

Incapaz de pensamentos coerentes.

A menos que se conte o presente.

No qual jorra sobre nós, inclemente.

Queimando campos, dizimando colheitas,

Trazendo o caos numa ordem suspeita.