DESCORTINANDO SEGREDOS

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Que descortine os meus versos,
Seu afã doce e fatal,
Seu daninho e culto pejo,
E o Seu cheiro matinal...
...
Que descortine os meus versos,
Sua forma sem igual...
Seu rebolado faceiro,
E sua gana termal.
...
Que descortine os meus versos,
Sua boca, em nácar carnal;
Sua avidez escondida,
E o Seu lampejo verbal!
...
Que descortine os meus versos,
Seu desejo tresloucal;
Sua boca de insano gestos
E sua mão marginal.

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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 26/10/2011
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T3299328
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