Cantos do Agora
Sejas como o véu das noites
Poeta que adentra a madrugada
Com teus versos como açoites
Liras de partida e de chegada
É da arte que brota da alma
que se cria o poema
É da parte que sobra da calma
que se vive em dilema
Sejas como a luz da aurora
Profeta que anuncia o novo dia
Com teus "cantos do agora"
Glosas da ventura e da utopia
É da arte que brota da alma
o que nenhuma força abala
É da parte que sobra da calma
que se evoca, vibrante, a fala.