Asas do Tempo

Você pode lutar contra o mundo enquanto ele a odeia ?

A dança das pétalas de rosas estilhaçadas começa

Quando se da o primeiro passo para o abismo,

Não diga uma palavra a mais,

O silencio sacro do fim deve ser preservado.

Como as asas do tempo dançaram, assim como seus anjos e demônios,

No lambada deprimente e subjugada para o fim,

Você consegue ouvir o som dos violões ciganos tocando suas cantatas da inexistência?

Simplesmente deixando de existir a cada passo mais próximo do esquecimento,

Quando as flores perenes morrem e secam,

O cheiro de morte infesta o templo que você chama de coração.

Engolindo a seco as mentiras de um mundo frio,

Na mudança tonal das músicas que desconhece,

Da lambada para o tango, do tango para o inferno.

São dez anos de caminhada até as pernas se quebrarem.

No movimento da sua sapatilha marcando o chão de sangue,

Enquanto deslumbrantemente dança entre corpos despedaçados...

Quantos corações matou para ter tudo isso onde dançar ?

Se tentar contar as inúmeras feridas que causou,

se perderá ainda no primeiro quarto.

Então dança essa mórbida frequência inata,

Enquanto o mundo finge que ama você,

E me alimento dos resto de amor despedaçado que você deixou,

Como se fosse para mim, como se um dia se importasse,

engolindo o mundo inteiro, matando e queimado tudo aquilo que amou você.

Zero Steele
Enviado por Zero Steele em 10/10/2011
Código do texto: T3269253
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