Asas do Tempo
Você pode lutar contra o mundo enquanto ele a odeia ?
A dança das pétalas de rosas estilhaçadas começa
Quando se da o primeiro passo para o abismo,
Não diga uma palavra a mais,
O silencio sacro do fim deve ser preservado.
Como as asas do tempo dançaram, assim como seus anjos e demônios,
No lambada deprimente e subjugada para o fim,
Você consegue ouvir o som dos violões ciganos tocando suas cantatas da inexistência?
Simplesmente deixando de existir a cada passo mais próximo do esquecimento,
Quando as flores perenes morrem e secam,
O cheiro de morte infesta o templo que você chama de coração.
Engolindo a seco as mentiras de um mundo frio,
Na mudança tonal das músicas que desconhece,
Da lambada para o tango, do tango para o inferno.
São dez anos de caminhada até as pernas se quebrarem.
No movimento da sua sapatilha marcando o chão de sangue,
Enquanto deslumbrantemente dança entre corpos despedaçados...
Quantos corações matou para ter tudo isso onde dançar ?
Se tentar contar as inúmeras feridas que causou,
se perderá ainda no primeiro quarto.
Então dança essa mórbida frequência inata,
Enquanto o mundo finge que ama você,
E me alimento dos resto de amor despedaçado que você deixou,
Como se fosse para mim, como se um dia se importasse,
engolindo o mundo inteiro, matando e queimado tudo aquilo que amou você.