ATRAVESSANDO A PONTE...
E a fonte secou...
Daquela fonte
pouco ou nada ficou...
Minh’alma sequiosa
triste e ansiosa
indecisa na ponte...
Meu corpo desanimado
esqueceu beijos
e desejos!
Vazio e desirmanado,
doido ou contido,
sonha com paixão.
Só e tão sentido
solta-se sem rede
e cai no chão,
morto de sede!...
E seca está e continua
aquela fonte.
Lá, ficou minh’alma nua
que, doce e conformada,
segura e determinada
atravessa a ponte!...