ATRAVESSANDO A PONTE...

E a fonte secou...

Daquela fonte

pouco ou nada ficou...

Minh’alma sequiosa

triste e ansiosa

indecisa na ponte...

Meu corpo desanimado

esqueceu beijos

e desejos!

Vazio e desirmanado,

doido ou contido,

sonha com paixão.

Só e tão sentido

solta-se sem rede

e cai no chão,

morto de sede!...

E seca está e continua

aquela fonte.

Lá, ficou minh’alma nua

que, doce e conformada,

segura e determinada

atravessa a ponte!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 23/12/2006
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