QUANDO A POESIA NASCE
Tudo em mim, diz-me o que escrever;
da mãe-natureza sou reflexo;
em cada coisa que vejo, um novo verso,
que com prazer faço chegar aos
meus amigos e aos sempre fiéis leitores.
Mais do que escrever o que sinto
ou penso, é na emoção de um sentir-me
em plenitude, que a poesia nasce.
E nasce para ser nos outros, em humilde
parafraseamento, que explique
ao povo, os seus direitos e deveres,
colhendo os imensíssimos frutos, de sua
autodeterminação. E do mar ao largo,
o que houver; quando as águas
confluem, e continuam a correr livremente,
para o seu ponto de referência.
Poeta das pequenas coisas, como coisas
em si, vislumbro, em cada uma
delas, sua essência mais alargada,
como uma pedra no chão, que já foi rio,
ou como uma árvore, num descampado,
que já se achou por floresta,
na imensidão deste mundo, sempre
em evolução, de acordo com a harmonia,
que meus olhos vêem, em todo o seu
fascínio, e em versos desmistificam,
a concretude, do que se olha sem que se veja,
o que está por trás, de cada coisa.
Jorge Humberto
27/09/11