quantas poesias bêbadas
  por meio do mundo
enbaralhadas em almas( sacras)
 perdidas diante do espelho

quantos pés atordoados cambaleiam
dentro da propria sala
seu mundo  é  apenas  uma cadeira
 seu céu 
  o teto de tijolos  furados
 seu amor  sómente  um pão duro

quantos  alvos sao proíscuos
diante das estrelas,
quantos egoistas( amam)
quantos pares são (ímpares) ?

quantas felicidades são despercebidas
pelas exigencias minúsculas do (ser humano )


quantas  cores  tornam-se  negras
diante do orgulho ?

quantas vidas deixamos  passar
por não passarmos juntos ?

quantos poemas embriagados
sao fadados a  inexistencia ?

ao abôrto  da  inspiração 
ao sono do coração,

ao nada  de  tanto nada dentro de cada orgão ?
 ao redor de cada alma ?

ao enterro de cada sonho ?

quantos farrapos são espalhados pelo vento
farrapos  da humanidade faminta
de amor , de  menos horror,
de menos enfado...

e se de amor tao carente
nao sabem falar docemente
nao sabem viver em cor

e  aí....  bem aí  tanto faz  ser primavera
tanto   faz  ser   dia ou era
tanto faz ser paz ou flor

se as poesias embriagadas
partem pelas calçadas
sem saber se é verso
ou  dor...

e maltrapilhos  seres
rastejam-se  de joelhos
orando ao ( deus dará)

sorrindo  em seus espelhos...

narrando  seus zumbidos
 cheios  de    anseios..
..
  veios , feios,  silenciosos,

por meio do mundo
sem saber
sem descobrir
se É verso  ou apenas

  "IR"...

se  é  credo,

 ou   será isso existir?

quantas  poesias bêbadas

nos espelhos  dágua....

não importa, são zumbis
 deitados  em pé,
cambaleando
imaginando
o sonho que der....


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    interação  de minha querida amiga vana fraga