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ENCOSTAS

Encosto-me nas encostas da vida

Tentando perceber o contexto

Sonhos respingam sobre meus pés

... Num constante chamar

D’um mergulho convite...

Agarro-me ao que já nem me é seguro

Tentando entender o “por que não” do pulo

A segurança que cansa

Aperta os braços

Cobra juízo

juízo sem vida, sem emoção, sem riso...

Postergando o paraíso

O banho na fonte

Q’em meus olhos desliza

Numa nitidez imprecisa

Do que se precisa

Olhos que brilham

Caminhos que chamam

Folhas secas

Que ventos que carregam

Forram a estrada de volta

Mostrando o que o tempo faz

Com os que ao tempo se entregam...

(Taciana Valença)

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 17/09/2011
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T3224628
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