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ENCOSTAS
Encosto-me nas encostas da vida
Tentando perceber o contexto
Sonhos respingam sobre meus pés
... Num constante chamar
D’um mergulho convite...
Agarro-me ao que já nem me é seguro
Tentando entender o “por que não” do pulo
A segurança que cansa
Aperta os braços
Cobra juízo
juízo sem vida, sem emoção, sem riso...
Postergando o paraíso
O banho na fonte
Q’em meus olhos desliza
Numa nitidez imprecisa
Do que se precisa
Olhos que brilham
Caminhos que chamam
Folhas secas
Que ventos que carregam
Forram a estrada de volta
Mostrando o que o tempo faz
Com os que ao tempo se entregam...
(Taciana Valença)