UMA MOÇA

De castidade pura um enlevo sublime

Fita deslumbrada os seres a lhe rodear

Sob as deliciosas sombras das frondes potentes

Ignora os vizinhos a lhe enamorar.

Pousa leve e delicada sobre uma pedra

Os gansos agitando a água a fascina

A relva morna e macia oscula seus pés

A brisa deleitosa afaga seu rosto de menina.

Frenética e gélida desce a água reluzente

Com muito carinho alisa a grama que a margeia

Daria tudo para acarinhar aquela moça

Refrescar seu corpo, servir-lhe de ceia.

As flores multicoloridas riem-lhe joviais

Pedindo sua beleza e seu aroma

Pois a sua formosura excede à das flores

Porque é natural, sem retoque, sem soma.

A visão se perde maravilhada

Fitando a quietude dos gansos mansos e sutis

Na sua alvura bela e requintada

Vê a cor da natureza e sente-se feliz.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 15/09/2011
Código do texto: T3221985
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